Hoje deixei o meu alter ego em casa e fui eu mesmo passear perto do zulmarinho. É que tem gente pensa eu sou o santo, eu sou o nostálgico, choramingas e coisas mais assim de levar e lavar com lágrimas. é o outro que escreve as letras que os outros querem ler e não conseguem dizer.
Eu mesmo sou assim que nem eu, defeitos quanto baste, o outro parece ser perfeito que até enerva-me cabelo curto, de rabo de cavalo imaginário é o outro, magro de saudável enquanto o outro é magro de mágoa sofrida na alma.
Eu vou na noite, na madrugada, na manhã e na noite. O outro vai no choro da guitarra corrida num dedilhar de fado triste. O outro tem um orgulho que lhe aguenta, enquanto eu o tenho apenas o quanto baste. Eu dou o braço a torcer o outro torce as palavras para levar às lágrimas descontidas. O outro é um ser simples enquanto eu sou um ser complicado de manhã à noite e ao entardecer.
A mim o vazio me incomoda, ao outro o vazio é essência. Eu mereço e procuro a felicidade, o outro canta a tristeza e a dor. Para mim o melhor é dizer piadas porque eu sempre fui uma comédia enquanto o outro e lágrima mesmo que não chorada.
O outro delira que lhe façam a corte enquanto eu, na minha timidez, me escondo nos passeios que me obrigo a fazer de vez em quando, para descansar o alter ego.
Sanzalando
A mim o vazio me incomoda, ao outro o vazio é essência. Eu mereço e procuro a felicidade, o outro canta a tristeza e a dor. Para mim o melhor é dizer piadas porque eu sempre fui uma comédia enquanto o outro e lágrima mesmo que não chorada.
O outro delira que lhe façam a corte enquanto eu, na minha timidez, me escondo nos passeios que me obrigo a fazer de vez em quando, para descansar o alter ego.
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