Olho o zulmarinho como quem olha para lado nenhum. Quem passar por mim vai pensar eu esvaziei-me de vida, assim está o meu olhar perdido no infinitamente longe e belo que vejo dentro da alma. Eu ouço, sinto o perfume, o calor e quem sabe o pulsar do coração que teima em bater mesmo por ausência, mas faz de conta eu não estou aqui porque fui voando no meu olhar até para lá da minha imaginação.
Eu sei que as minhas pernas são cambutas para chegar até outro qualquer lado, a minha visão é curta e as minhas ideias pequenas mas eu te vou alcançar. Tão certo eu escrevo o teu nome numa tatuagem da minha alma!
Olho o zulmarinho, morto de mim, mas cheio de vida por ti. Calado saboreio cada momento como se fosse o último.
Olho o zulmarinho perdidamente como se fugisse de mim por não me aguentar 24 horas cada dia e esperar cansado de tanta espera.
Sanzalando
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