Sento-me na areia de mil cores deste zulmarinho que me passeia. Aqui sou rei, dono e senhor dos meus pensamentos, sonhos e ideias. Nem a brisa do fim de tarde me corta o sonho de ser feliz, um dia que seja.
Aqui, correndo contra tudo, com todas as minhas forças, eu sou feliz. Quanto mais corro, quanta mais força gasto, eu sinto cada vez mais que vale a pena.
Já sei, vais dizer estou a delirar. Deve ser paludismo ou outra virose das muitas que eu apanho. Não, não louquei, pelo menos desta vez. Das vezes que me apeteceu desistir, sim, devo ter enlouquecido, agora não. Continuo correndo porque acredito em mim. Não me importa quantos nadas eu sou para ti, para outra qualquer pessoa ou objecto da corte deste reinado onde sou o rei.
Sinto que um dia vou ser feliz, mesmo que tenha que cortar as amarras que me prendem a bom porto, mesmo que tenha que sorrir quando me apetecer chorar, mesmo que tu, ó infelicidade, insistires em ser minha companhia.
Aqui, sentado na areia das mil cores, deliro por mim!Sanzalando
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