Ainda no outono o tempo indefine-se. Indecisamente sente-se primavera, faz-se de verão e inverana-se de frio. O colorido do outono é bonito. A luz do sol, quando brilha é luminosamente bela. Ou outono-me em vários estados: nostálgico, alegre e moribundo-me à tristeza total. Multiplico-me em personalidades instáveis. tantas e tantas vezes começo um pensamento sem palavras exactas à espera que me venha à lembrança uma qualquer coisa esquecida. Navego-me por oceano de letras que até me chego a afundar em tantas palavras revoltas. Quantas vezes tento salvar os pensamentos perdidos? Quantos os deixo afundar na minha completa incapacidade de raciocinar? Afinal de contas que mais não é o outono do que uma viagem em que levo a mala cheia de pensamentos para pensar no verão do meu contentamento? Mais não é que o esconderijo dos meus olhares calados e escapados, que as minhas letras soltas para mais tarde soletrar.
Mas cada um tem o outono que merece
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