Aqui me deixo aquecer à lareira, corpo inerte e cabeça ao deus dará.
Digo amar a flores, mas as deixo morrer numa jarra, digo gostar das estrelas, mas não as olho nas noites frias, digo adorar a praia, mas não a limpo quando calha a visitar, digo amar a vida, mas tem dias que não a vivo.
Gosto da liberdade, mas prendo o meu corpo ao sofá e apenas vagueio ideias e memórias, pensamentos e sonhos. Gosto da natureza, mas não me dou ao trabalho de a cuidar. Gosto das pessoas, mas acabo cultivando preconceitos.
Digo amar tanta coisa, mas não mostro amar nada.
Sanzalando
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