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23 de julho de 2021

paixão de mim

Olho o mar e vou por aí.  Umas vezes parado e outras caminhando porém sempre sonhando ou meditando. A ordem é arbitrária porque arbitrária é a minha mente. Jurei nunca me apaixonar porque a paixão não tem razão. É arbitrária tal como a minha mente, para além de ser subjectiva, para além de todas as paixões serem indiscutíveis, e eu lá caí nela. Perdi a razão, enlouqueci perdidamente. Deixei de ter o azul do céu como limite, deixei de sentir o sabor da liberdade e o perfume da maresia. De todos os sons a tua voz passou a ser a minha canção preferida. Na verdade eu queria só amar. Simplesmente amor. Simplesmente gostar.
Se parece que estou a fugir, esquece, estou mesmo a ser eu.


Sanzalando

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