Vou andando por aí, de sombra em sombra faz de conta estou a jogar à macaca, brincadeira de quando era criança. Não fujo do sol, fujo de ferver ao sol e queimar-me os pensamentos. Porque olhamos para os outros e não apenas para dentro de nós? Este pensamento no verão queima qualquer um. Assim à sombra eu vou-me arrefecendo a tola e as ideias saem mais fiáveis.
Na verdade a gente tenta sempre se comparar com os outros, esquecendo que a personalidade não é aquilo que mostram. Uns mostram-se alegres quando no intimo estão a ferver de raiva, de angustia, de dor, de qualquer coisa. Outros, secos, riem-se faz de conta a gente nem lhes nota. Só mesmo no brilho subterfugido dos olhos. Neste olhar para os outros ainda vou pensar eu fracassei, fui derrotado, entristeci. Me engano porque cada pessoa tem o seu ritmo, o seu estar, a sua redundância, o seu acorde, o seu timbre, a sua impressão mesmo que seja digital. Cada um deve ter os seus sonhos e segui-los. Comparar tem limite.
cada um que o seja. Um
Sanzalando
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