Através das minha palavras, escritas ou faladas, eu transmito os sentidos do meu coração. Às vezes ele pode parecer um mar em chamas outras uma planície bailando ao sabor da brisa. Às vezes podem parecer silêncios, outras gritos de revolta. As minhas palavras, sempre soltas, despegadas de mim, transitam ao vento e não sei onde chegam.
Será que a distância apaga o som das minhas palavras?
Lá, no outro lado da linha horizontal que pode parecer uma recta mas que é uma curva, ouvir-se-á o som de cada silaba que eu disser? Não tenho duvidas. São apenas questões dialéticas que merecem um segundo de mim.
Nas minhas palavras já fui tanta coisa e acho nunca fui nada parecido com um trapezista se mostrando nos céus reais da imaginação. Todas as minhas palavras, mesmo as silenciadas por ventos fortes ou tempestades de ira, têm sempre um significado para mim, mesmo que possa parecer um erro de programação, de direcção ou de dicção.
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