Me deixei só assim embalar no linguajar das crianças que ainda não sabem já são nascidas. Comem, dormem, choram, borram e mijam. Nos intervalos berram e a gente até tem de adivinhar o que é que é ou foi. Mas a gente que já foi assim e não se lembra, fica derretida a ouvir todos os sons, todos os ruídos incluindo, até parece é música, os peidos intestinais.
Elas sorriem e a gente pensa foi de verem a nossa cara bonita. A gente que é até feia fica derretida num sorriso sincero daqueles. O coração da gente até fica com ganas de apertar aquele fragil corpo de criança que nem sabem já nasceram.
E se elas são duas, gémeas, a gente fica a dobrar de emoção e se esquece de querer mais alguma coisa que não apenas aquele momento de escutar e ver. Berrou? Parece é música. Chorou? Parece é canção de embalar adultos e esquecer a fome.
É divinal o momento, a gente até parece ser mais pequeno que aqueles seres tão pequeninos que a gente tem à frente.
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