Vou por aí abrigado da chuva como quem caminha dobrado sobre a terra. Se alguém me visse de longe ia dizer que eu estava a contrariar o chamado da terra. Mas é mesmo só por protecção dessa chuva que desagua na terra vinda lá do céu, parece é rio.
Mas continuo a meditar sem ter noção que já estou ensopado parece sou esfregão ou esponja. Olho à volta e vejo, na minha imaginação, as pessoas que já não perguntam o porquê, que não conseguem sorrir nem falar sem gritar, apenas se contentando com o efémero, mas na realidade nunca deixaram de pensar que são eternas.
Vão ser mais eternas como? Desconseguem ser felizes uns segundos, quanto mais viver assim até no fim dos finais?
Dobrado sobre a chuva, protegidos os olhos, vejo claramente que tem gente que se sente mal, até consigo mesmo.
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