Acordei e me disseram de consciência que era dia do meu pai. De imediato chorei. Eu o amava quando ainda não sabia o que era amor porque ele partiu para parte incerta era eu ainda um cadengue que não se recorda do som das gargalhadas diziam ele dava. Chorei num cansaço profundo, não por melancolia, apenasmente porque não me lembro do perfume natural do Meu pai. Chorei exausto porque envelheço na rotina de recomeços sem me recordar da palma da sua mão a me acariciar os cabelos que eu tinha antes dele partir para parte incerta. Chorei por uma infinidade de razões até conseguir abrir a arca do tesouro de ser pai e me recordar que ausentemente não deixei de o ser assim como não deixei de o ter, o Meu pai.
Sanzalando
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