Hoje a caneta não queria ser usada. Olhava para ela e nada. Nem um suave e quase imperceptível movimento. Ela hoje estava a fazer-se cara.
Olhei-a como quem olha com olhos de ternura e disse-lhe.
- tenho uma ideia e quero trabalhá-la
- tenho um sonho e quero concretizá-lo
- tenho uma meta e quero atingi-la
- não tenho tempo e não posso perdê-lo
a caneta mexeu-se, rabiscou-se para fazer sair a tinta seca da ponta, e correu para a minha mão e desenhámos letras com a caligrafia mais bonita que alguma vez tive.
Guardei as folhas de papel em porto seguro para nunca mais me esquecer que os sonhos, ideias, metas e tempos não são perdíveis.
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