Tantas vezes dou comigo a ser o poeta da minha vida. Descrevo-a florida, perfumada e arejada e tantas vezes estou seco, poerento e queimado. Ser poeta é ver com olhos de sentir e descrever. Por mais positivista que seja, também tenho momentos negativos, porém não os alimento. Não pinto com palavras garridas a tristeza, a doentia saudade nem o negro pessimismo. Contorno-os com palavras vulgares, desvalorizo acentos e pontuações, caligrafo-os com lápis de rascunho, rabisco com gatafunhos.
Sou o poeta da minha vida.
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