Sempre quis ser um poema de amor, um soneto ou uma quadra popular. Eu queria era ser verso. Assim qualquer coisa importante. Algo mais que o amor puro e cru. Nos poemas há toda uma leveza, musicalidade e aparente fragilidade. No ser como eu, o amor dorido, sofrido, carregado e áspero, faz perder a beleza do amor poético, o sentir puro de aragem quente que vem desde o coração e areja a cabeça. Na poesia não há amor culpado, não existe o amor escuro e desajeitado, fingido ou aldrabado. Amor puro tingido de ternura e sempre duplicado. Quero ser poema, mesmo que desajeitado.
Sanzalando
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