Do alto da minha memória, seguindo as pegadas que deixei numa das vezes que por aqui passei, vou seguindo caminho, umas vezes contra e outras a favor do vento, que sopra indelicado, uma vezes vindo do deserto, outra do leste, sendo este quente e aziago para as pessoas segundo dizia a minha avó. Neste meu caminhar, sobrando tempo chegam as ideias, recupero memória, desalinho o pó que sempre fica nos bibelôs da recordação, construo os meus castelos e deposito neles as minhas princesas, rainhas e demais concubinas.
Pelo caminho sonho ao ponto de já não conseguir distinguir a realidade do sonhado, o sonho do pesadelo e da memória ténue dum tempo qualquer.
Ela tinha tranças? O meu caminho é tão entrançado que já não me lembro. Lembro-me sim que o seu olhar tinha sabor. Sabia-me a pouco
Sanzalando
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