Deve estar a chegar a altura de me sentar à beira do caminho e ver passar os caminhantes que têm muito para percorrer. Ainda tenho muitos caminhos que gostava de fazer, mas tenho de ser selectivo porque o tempo se gasta num gastar solitário e silencioso. Se eu me sentar e caminhar na memória sei que vou sentir-me frágil e ao mesmo tempo vitima dos caminhos que não percorri, das travessas por onde não passeei, das pessoas que não abracei e dos olhares que desviei.
Deve estar a chegar a altura de me sentar e rever o meu bater de coração, deixá-lo tranquilo revivendo futuros imaginados, curar os desassossegos nas noites calmas dum verão eterno.
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