Eu desenho caminhos, uns em papel, outros na imaginação e outros ainda busco na memória. Pelo menos tento ter sempre um caminho à mão. Não me importo se a paisagem é monótona ou luxuriante. Tem de ter a paisagem desde a minha adolescência até aos dias de hoje. Rabisco um e outro caminho. Uma porta que bati e fugi a me esconder e rir de ver a cara da D. Maria Guedes a ver que não estava ninguém. Uma chamada telefónica a perguntar ao sr. Orlando se tinha ginguba com casca e ele ouvir quase de seguida para sacudir e não ser porco. O Sr. Reis a ficar vermelho por causa dos pasteis de nata. Tudo rabiscado no silêncio do meu passado.
Fui chamado para ir jantar e assim acabei este caminho por hoje que a mãe não gosta de esperar por mim na hora de comer.
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