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15 de fevereiro de 2006

Uma estória verdadeira(61)


Parámos no regresso numa pequena barragem bem antiga, num recanto excepcional para pic-nic, bem arranjadinho que até dá gosto e até parece que convida. Mas não é hoje o dia do dito cujo pelo que não vale a pena já estar a fazer novo filme. Mais umas quantas fotos, apreciar a natureza e ver que os patos estão ali que é o paraíso deles e não há como descrever toda a emoção que estou a sentir de estar a ver e tocar na obra do Arquitecto. Vais ver ainda acabas crente e depois como vai ser? Te preocupa isso? A mim não. Eu só estou feliz por ver que a natureza aqui está a meus pés, no alcance do meu olhar. Acabados de estar nesta difícil missão de apreciar a natureza tal e qual ela está, sem obra e graça dos Homens, lá seguimos nós para mais umas birras geladas e pastei de nata quentinhos na Casa Verde. Acho que já está a virar vício parar aqui. Seguimos nós para mais um lauto almoço feito pela D. Fernanda. Ou será que desta vez foi feito mesmo pela camba da senhora directora que hoje está para a cozinha virada? Me faz falta mesmo o caderninho de notas para apontar estes pequenos pormenores que afinal são grandes e agora fazem falta. O Adamastor continua atrabalhar o que quer dizer que ainda não conseguiram arranjar o tal do dito cujo cabo de tensão qualquer coisa que se foi se calhar naquela trovoada ou numa obra que estão a fazer ali na esquina. A verdade é que nos salva mesmo esse de Adamastor. Comida de mariscada que até apetecia dizer como é que aqui que não tem mar se pode comer destas coisas? Mas não se pergunta porque está bom e o resto é folclore. A senhora directora tem mão para fazer estas coisas, mas ela diz que não tem e não sabe para além de não gostar. Mas mãos de fada também de herdam. Meu pai não sabia cozinhar pelo que eu lhe herdei esse dote. Risada agravada porque co-pilota que não tem GPS ainda por cima arranja meu prato para eu ter só mesmo o trabalho de comer como gente fina. Não se estão a esquecer que eu estive uns dias bem largos na Cidade e ainda por cima passei muitas vezes na frente da Casa Amarela, apesar daqui frequentar por entrar na Casa Verde. À tarde ficámos na conversa desfiada e em repouso para o jantar que vai ser de arromba porque um camba conhecido por mais de meia cidade tem o azar de fazer anos no mesmo dia que eu pelo que fica sempre em 2º lugar nas lembranças. Esta frase anterior é só uma brincadeira minha para levantar o meu ego. Abraão é gajo de 5 estrelas e não merece que eu esteja aqui a falar inverdades.

Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

2 comentários:

  1. Pic-nic na ilha é acontecimento, mermão, parece que entramos na máquina do tempo, eheheheheheheh, inté gerador é convidado, só falta mesmo é aquela ponte pra dar uns mergulhos!
    Ti espero

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  2. Mermã, pode estar ao teu lado e eu daria os mergulhos mesmo sem ponte. Lhe recordava apenas.
    Abraços!

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