Como é bom caminhar à beira-mar.
A caminhar temos duas soluções, ou se pensa ou se despensa. Não se ouve a cidade, não se ouve a praça cheia de crianças correndo e fazendo o barulho característico da sua felicidade.
Tarde ensolarada queimando as costas, água gelada desconvidadando o mergulho, pés de areia imitando botas.
Eu adoro esta beira-mar, mesmo sabendo que esse zulmarinho que rebeldemente me vem acariciar os pés com a sua espuma branca, me separa do sonho, da minha infância, que cada vez mais me engravida de ilusão e que me transmite, no som das suas ondas, as mukandas do lado de lá, como qualquer poesia dita por quem a sabe dizer.
Convenço-me de minha estupidez sonhadora, utopia de humano em busca de rumo. Faço contas, analiso métodos, procuro fundamentações pré-históricas do que não sou, do que não sou, do que nunca serei. Estirpo os meus olhos, os meus ouvidos e as minhas mãos e grito que tudo não passa de coisas infantis. Atiro-me ao chão de areia semi-molhada e mostro-me o vazio em que sempre estive: sem razão, alheio, infundado.
Como é bom caminhar à beira-mar.
Acordo sem abrir os olhos. Como um cego acorda, penso, tentando adivinhar o que realmente me tinha acordado. O sol a bater forte na minha cara, ou a fome ruminando no meu estômago?
A caminhar temos duas soluções, ou se pensa ou se despensa. Não se ouve a cidade, não se ouve a praça cheia de crianças correndo e fazendo o barulho característico da sua felicidade.
Tarde ensolarada queimando as costas, água gelada desconvidadando o mergulho, pés de areia imitando botas.
Eu adoro esta beira-mar, mesmo sabendo que esse zulmarinho que rebeldemente me vem acariciar os pés com a sua espuma branca, me separa do sonho, da minha infância, que cada vez mais me engravida de ilusão e que me transmite, no som das suas ondas, as mukandas do lado de lá, como qualquer poesia dita por quem a sabe dizer.
Convenço-me de minha estupidez sonhadora, utopia de humano em busca de rumo. Faço contas, analiso métodos, procuro fundamentações pré-históricas do que não sou, do que não sou, do que nunca serei. Estirpo os meus olhos, os meus ouvidos e as minhas mãos e grito que tudo não passa de coisas infantis. Atiro-me ao chão de areia semi-molhada e mostro-me o vazio em que sempre estive: sem razão, alheio, infundado.
Como é bom caminhar à beira-mar.
Acordo sem abrir os olhos. Como um cego acorda, penso, tentando adivinhar o que realmente me tinha acordado. O sol a bater forte na minha cara, ou a fome ruminando no meu estômago?
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Olá,
ResponderEliminarSem querer entrei no teu Blog, e desde já lhe digo muitos Parabéns, este tipo de blog é sempre bem vindo ao mundo virtual, excelentes conteúdos e muito bem redigido.
Um abraço,
AC Investor Blog
Estiloso.....Inté parece estrela de Hollywood...será??
ResponderEliminarAnel