Tás a ver aquela luz lá no fundo da rua? É lá mesmo, não tem engano possível.
Lá seguimos em direcção à lua amarelada de um único candeeiro de rua. Parámos e buzinámos e logo aquele grande pedaço de gente veio à porta no seu traje de calções de ganga e muitos bolsos. Lhe conheci assim e estava assim. Imagem de marca dele, pensei. Braços enormes nos abraçaram como nos havia abraçado faz pouco mais de uma semana, na sua Benguela das Acácias, na terra que ele com unhas e dentes, enquanto pode, com mais uns cem miúdos, defendeu dos carcamanos – me contaram isto depois, porque se eu soubesse ali eu tinha vestido fato de gala para abraçar o HEROI que fez o favor de se tornar meu amigo.
Zé, vai comprar cervejas que temos visitas, gritou ele lá para dentro e logo alguém foi na berrida e na berrida voltou e a gente a sebe apagou. Rimou mas é verdade.
Maria, o peixe já está frito? perguntou ele à governanta. Peixe frito, fresquinho, acabado de vir do mar, com arroz de tomate, dos dele. Sim, que ele é o maior produtor de tomate da região e abastece caté na capital. Agora anda zangado por causa um camião está na oficina. Um buraco na estrada, lá para os lados do Sumbe, pregou rasteira e lá se foi a transmissão. Foi assim, ou mais ou menos assim, que ele nos contou, enquanto devorámos o peixe e vertemos umas quantas birras bem geladinhas. Ele na sua água e fazendo companhia na co-piloto que ainda não aprendeu que a birra gelada é boa como o milho e cai sempre bem.
Na escuridão nos foi mostrando e falando da sua Equimina. Se nota na voz o tom apaixonado. A sua Equimina era os seus olhos e o seu coração. Amanhã de manhã a gente vai ver e vais ver o espectáculo que é este paraíso. Assim, voltámos na mesa para mais uns dedos de conversa e um café acabado de fazer. Teu quarto é este e o teu aquele, aqui a despensa, ali uma das casas de banho. Era roteiro à casa grande do grande amigo que eu tinha arranjado atrás de um teclado fazia uns dois anos, mais ou menos.
Lá seguimos em direcção à lua amarelada de um único candeeiro de rua. Parámos e buzinámos e logo aquele grande pedaço de gente veio à porta no seu traje de calções de ganga e muitos bolsos. Lhe conheci assim e estava assim. Imagem de marca dele, pensei. Braços enormes nos abraçaram como nos havia abraçado faz pouco mais de uma semana, na sua Benguela das Acácias, na terra que ele com unhas e dentes, enquanto pode, com mais uns cem miúdos, defendeu dos carcamanos – me contaram isto depois, porque se eu soubesse ali eu tinha vestido fato de gala para abraçar o HEROI que fez o favor de se tornar meu amigo.
Zé, vai comprar cervejas que temos visitas, gritou ele lá para dentro e logo alguém foi na berrida e na berrida voltou e a gente a sebe apagou. Rimou mas é verdade.
Maria, o peixe já está frito? perguntou ele à governanta. Peixe frito, fresquinho, acabado de vir do mar, com arroz de tomate, dos dele. Sim, que ele é o maior produtor de tomate da região e abastece caté na capital. Agora anda zangado por causa um camião está na oficina. Um buraco na estrada, lá para os lados do Sumbe, pregou rasteira e lá se foi a transmissão. Foi assim, ou mais ou menos assim, que ele nos contou, enquanto devorámos o peixe e vertemos umas quantas birras bem geladinhas. Ele na sua água e fazendo companhia na co-piloto que ainda não aprendeu que a birra gelada é boa como o milho e cai sempre bem.
Na escuridão nos foi mostrando e falando da sua Equimina. Se nota na voz o tom apaixonado. A sua Equimina era os seus olhos e o seu coração. Amanhã de manhã a gente vai ver e vais ver o espectáculo que é este paraíso. Assim, voltámos na mesa para mais uns dedos de conversa e um café acabado de fazer. Teu quarto é este e o teu aquele, aqui a despensa, ali uma das casas de banho. Era roteiro à casa grande do grande amigo que eu tinha arranjado atrás de um teclado fazia uns dois anos, mais ou menos.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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