A gente acorda e vê que é o último fim de semana desta etapa que a gente passa aqui na capital. Vamos fazer mesmo o quê? Se arranja programa, aparecem amigos que se juntam aqui no Cacuaco e logo se faz um programa. Almoço no Lemos e lá fomos atravessando a Luanda inteira até a meio da Ilha. Mesa grande e vai que pedir comida do mar. Zulmarinho aqui tem sabor diferente e gostoso. Todos foram no peixe. Uns assim e outros assados. No fim, a gente sai do restaurante de gente boa e simpática com defeito de ser lagarto, mas não se pode ser perfeito, a gente encontra kandengues brincando com pneu empurrado com pau, que são dois e com óleo lá dentro. Se pede para ensinar e se aprende depressa. Gargalhada que a nossa perícia não é nem igual à deles, nas raviangas e bassulas que fazem nos buracos e pedras. Como tas a ver eu tinha de experimentar e consegui fazer uma volta no circuito imaginário e com duas de atraso em relação com os outros. Horas de empurrar pneu e eu só tinha aqueles minutos pelo que fiquei satisfeito comigo mesmo por ter conseguido dar a volta sem paragens. Não registei para a posterioridade porque tinha as mãos ocupadas e a concentração era muita. Tó do Puto tirou fotos mas se esqueceu de enviar pelo que não há registo visível. Regressados no Cacuáco foi para devorar umas dúzias dos infelizes que vieram desde lá de baixo até aqui fechados na caixa de esferovite e rodeados de gelo e agia gelada a toda a volta. Foi petiscada até às tantas. Coisa que vem sendo hábito.
Domingo foi mais calmo. A gente também merecia um dia de serenidade e se calhar de reflexão. Foi assim que se passou um fim de semana numa bulina que até um relógio fica tonto das voltas que os ponteiros dão.
Domingo foi mais calmo. A gente também merecia um dia de serenidade e se calhar de reflexão. Foi assim que se passou um fim de semana numa bulina que até um relógio fica tonto das voltas que os ponteiros dão.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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