Enrolo-me na areia, fito a linha recta que é curva, pojecto o pensamento para além dela. Passo o tempo do relógio sem senti-lo e o meteorolégico sem adivinhar se há chuva, sol ou vento. É Domingo e eu não posso sentir o perfume da maresia. Ouço o tin-nó-ni que vem não sei donde, mas sei que não vem do lado de lá da linha recta que é curva.
Ouço um gemer que não é de prazer.
Ouço vozes mas não sei o que dizem.
Onomatopeias?
Desconverso-me.
É Domingo simplesmente!
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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