Anda, senta aqui e repousa o corpo que a caminhada é longa e é necessário ter forças para lhe aguentar.
Tu sabes que há dias em que a gente se derruba por dentro. Sabes que hoje me olhei e no espelho e parecia uma dessas casas assim do tipo património mundial ou coisa mais pequena, em que só lá está a fachada e por dentro está assim é um vazio grande que enche qualquer espaço que parece está escondido dos olhos. É, parece o mundo desabou nos pés e a desordem se inundou-me. As recordações se amontoam sem qualquer ordem sobre a capacidade de pensar, que por sua vez se descola dos sentimentos. Misturei-te as ideias? Pois é mais ou menos assim que eu me baralho hoje nesta desvontade de caminhar e recuperar alguma força para continuar a caminhada.
As sensações desapareceram, todas menos a tristeza, que se fez senhora e dona do meu cérebro, dominando acções, reacções, gestos e palavras.
Pois é, tu sabes, que há dias em que eu mesmo me derrubo por dentro.
Assim como mais assim é mesmo melhor a gente se sentar nesta areia de mil cores, olhar o zulmarinho se baloiçando e ver se consigo pôr em ordem a desordem em que me arrumo e que faz um peso danado nos meus pés este desabar do mundo sobre eles.
Um a um vou-lhes organizar os pensamentos, as recordações e os sentimentos. Os que não me interessa ter porque são velhos, absurdos ou são aborrecidos deixarei enterrados aí num buraco que farei na areia. Assim, me reconstruirei por dentro e se verá por fora.
Sentes a brisa que sopra? Ela mesmo vai tapar esse buraco.
Olha bem para cima daquele monte de areia que fizemos numa das nossas caminhadas. Em cima dele está a minha indecisão. Como é pesada a brisa ainda não lhe conseguiu levar para longe. Olha ali rebolando contra o zulmarinho todas as palavras que eu nunca deveria ter dito. Agora vê sobre as ondas, como que boiando, os antigos amores como que não sabendo se vão ao fundo ou se voltam para terra para arrancar o que resta do meu coração.
Vês como é fácil a gente se arrumar por dentro e transparecer por fora?
Tu sabes que há dias em que a gente se derruba por dentro. Sabes que hoje me olhei e no espelho e parecia uma dessas casas assim do tipo património mundial ou coisa mais pequena, em que só lá está a fachada e por dentro está assim é um vazio grande que enche qualquer espaço que parece está escondido dos olhos. É, parece o mundo desabou nos pés e a desordem se inundou-me. As recordações se amontoam sem qualquer ordem sobre a capacidade de pensar, que por sua vez se descola dos sentimentos. Misturei-te as ideias? Pois é mais ou menos assim que eu me baralho hoje nesta desvontade de caminhar e recuperar alguma força para continuar a caminhada.
As sensações desapareceram, todas menos a tristeza, que se fez senhora e dona do meu cérebro, dominando acções, reacções, gestos e palavras.
Pois é, tu sabes, que há dias em que eu mesmo me derrubo por dentro.
Assim como mais assim é mesmo melhor a gente se sentar nesta areia de mil cores, olhar o zulmarinho se baloiçando e ver se consigo pôr em ordem a desordem em que me arrumo e que faz um peso danado nos meus pés este desabar do mundo sobre eles.
Um a um vou-lhes organizar os pensamentos, as recordações e os sentimentos. Os que não me interessa ter porque são velhos, absurdos ou são aborrecidos deixarei enterrados aí num buraco que farei na areia. Assim, me reconstruirei por dentro e se verá por fora.
Sentes a brisa que sopra? Ela mesmo vai tapar esse buraco.
Olha bem para cima daquele monte de areia que fizemos numa das nossas caminhadas. Em cima dele está a minha indecisão. Como é pesada a brisa ainda não lhe conseguiu levar para longe. Olha ali rebolando contra o zulmarinho todas as palavras que eu nunca deveria ter dito. Agora vê sobre as ondas, como que boiando, os antigos amores como que não sabendo se vão ao fundo ou se voltam para terra para arrancar o que resta do meu coração.
Vês como é fácil a gente se arrumar por dentro e transparecer por fora?
Sanzalando
Querido jota, nalguns dias as tuas palavras parecem-me saídas directamente da minha boca. Os teus sentimentos recuperados num mar que te chegou daqui.
ResponderEliminarBeijos e beijos.
I.
Gostei muito do teu texto mas não acho que seja nada fácil arrumarmo-nos por dentro. É sempre tão difícil modificar alguma coisa em nós... ou será apenas um problema meu?
ResponderEliminarBjs
eu ando todo desarrumadinho! hehe
ResponderEliminarum abraço
Viva Carlos:
ResponderEliminarUm pequeno afastamento devido a assuntos inadiáveis.
Mas cá estou para te dizer que és uma visita obrigatória.
É sempre um bocado bem passado lêr os teus textos sempre a transbordar de... nostalgia? ... Será isso?
Um forte abraço,
MUDASTE....? Só de terra ou terá sido para sempre? Esse teu querer arrumar-se é mesmo final?
ResponderEliminarBeijos
TT
Meus amigos, muito obrigado pelas palavras.
ResponderEliminarAlgevo: comumente é necessário ser-se comum (onde é que já li isto?)
Espiral: que não te doa a inveja - copyepast à vontade que as letras são mesmo assim do eter da eternidade
Crystalzinho: é sempre fácil arrumar, difícil mesmo é arranjar espaço onde meter a tanta coisa boa que a gente tem...
Marcox: te arruma numa chiba e depois ficas almareado de aprumado.
JAMostardinha: sei que só motivos inadiáveis te deixam de poder postar no teu simpático e muito bom blog. Vai aparecendo que aqui a nostalgia um dia destes vai acabar, podes crer...
TT: ainda não mas quam sabe daqui a um mês eu dê a resposta na tua interrogação
pensamentos, recordações e sentimentos...alguns deveriam realmente ser enterrados, de uma maneira que jamais pudessem ser desenterrados.
ResponderEliminarOs que deveriam estar vivos, no momento em que nasceram, não foram bem identificados e agora ficam como fantasmas, para sempre nos assombrando, porquee não se sabe mais onde eles estão.