Hoje amanheceu, acho eu, mais quente. O dia tinha dois programas e avanço já na narrativa que não cumpri nem que um só.
Na hora que virou habitual de cerca das nove horas aí eu vou eu dar corda nas minhas pernas pelas limpas ruas da Cidade de Luanda. Pois é, os homens e mulheres de amarelo, mesmo no meio do trânsito, não param de varrer as ruas. Pelo menos naquelas que os meus pés pisam.
Lá entrei eu no meio dos carros que marcham em velocidade de cruzeiro de 10 metros em cada 10 minutos. Por isso a minha escolha de dar corda nas pernas e não sentar a bunda sobre rodas e ar concessionado. Ainda não tinha andado metade do primeiro caminho e algo de estranho estava a começar a passar. A cidade à minha frente baloiçava. Que me deram a mais no café? me perguntei eu mesmo só para mim. Mas lá fui numa velocidade mais lenta, vendo tudo baloiçando como num qualquer parque infantil ou num navio em alto mar. Mas foi de pouca dura. Desconseguia mesmo já de ver a proa do navio. Me encostei numa árvore, acho era acácia, que me esqueci de lhe perguntar. Não sei de onde veio mas me apareceu um camba a me perguntar o que tinha pois me viu baloiçar no passeio que até está direitinho. Lhe olhei mas ele não estava bem direito. Ele me sentou no passeio e me disse que eu estava descabeçado. Lhe olhei com ar de agradecido. Falou mais comigo e me disse vamos na Farmácia Africana. Apoiado nele para não ziguezaguear que até parecia eu tinha bebido este mundo e um outro qualquer, lá fui. Ele explicou na Farmácia mesmo o que tinha visto e me mediram a tensão. Hué, assim o sangue não lhe vai na cabeça e por isso ele estava descabeçado, ouvi eu da voz do bom camba. Agora lhe tinha entendido. Agora vais fazer mais como? Assim não podes andar na rua, pá. Pensei e disse que tinha de ser pois não tinha outra forma de voltar atrás. O camba saiu da Farmácia e depressa voltou. Anda daí, meu amigo te vai levar. Assim foi. Num Toyota Corola voltei para casa, acompanhado pelo camba e o seu amigo.
- Quanto lhes devo?
- A vida não tem preço! e arrancaram e eu nem sei se disse obrigado ou não.
Sanzalando
Então ? Sr Doutor :
ResponderEliminarNão me digas que saíste de casa sem mata-bicho !
Ou exageraste na véspera ?
Toma conta contigo !
Cuida-te , no mínimo , como cuidas dos outros !
Um abraço
Espero q estejas melhor. Um abraço.
ResponderEliminarWF
Cuida-te, amigo!
ResponderEliminarBeijo
Xiii conterra andas abusar das caminhadas na terra do sufoco sem brisa que te refresque.
ResponderEliminarEmoção, exercicio, falta da "bengalinha" e sem ar para respirar, não vai dar certo não conterra.
Está na hora de vires apanhar ar fresco ao mato.
Estamos na tua espera
Abraço
Armanda
Toma cuidado contigo....senão nada vale a pena. O teu físico está habituado a andar de carro....mais o tabaco....Aí está uma boa razaõ....e mais não digo.
ResponderEliminarBjs IR
estórias à moda de África...cirurgião descabeçado , então ?
ResponderEliminartratado na Farmácia Africana e levado a casa num Toyota Corolla...
risos, risos