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16 de fevereiro de 2007

Um dia Calmo

Para variar a pontualidade, eram 9.05 horas da quente manhã do dia de hoje, quando me coloquei sobre as quatro rodas do pequeno Toyota a caminho da zona do Porto. Por acaso não era lá assim tão perto dele como eu imaginava, mas também não conhece outros caminhos, mesmo é mais fácil ir por ali. Quando consegui arranjar um buraquinho para lhe deixar parado à minha espera, eu tinha deslocado 8,120 km, do ponto de partida. Eram só mesmo 11.15 a hora. Pouca coisa afinal. É assim a grande cidade. Feitas as coisas que tinham de ser feitas, há que procurar onde mesmo que eu tinha poisado a viatura. Me perdi e revoltei no terreno até que lhe achei no mesmo sítio que eu lhe deixei. Era a hora de regressar ao ponto de partida. Ou horas, pois como imaginava quando lhe pus o motor a trabalhar não sabia se quer qual a volta que tinha de fazer. A marginal, por causa estão a montar as bancadas para o Carnaval, é mesmo melhor escolher outro caminho. Mas qual se eu só conheço esta cidade de andar a pé e nisso não tem sentido único, proibido virar e coisas mais que tais.
Andei ao sabor do pára arranca e sempre escolhendo a rota onde estava mais parado o trânsito. Acho que é sina e contra a sina não vale nem mesmo arranjar desculpa. Duas horas depois eu já sabia onde estava. O mesmo que faltava era chegar, ou que me deixassem chegar. Mas como virei calmo, fui assobiando, fui cantarolando ao sabor do rádio e da publicidade ao Vinho Cotovia, música de Uma Casa Portuguesa, mas com letra original, lá me fui deixando enrolar no pára mais que arranca. Deu para ver coisas que já lá estavam mas que eu não tinha nunca lhe olhado, como os bonecos de cimento sobre a Mabílio de Albuquerque, a esquina da Lello já sem os seus intelectuais em amena cavaqueira, ou o balcão do agora banco e que não faz muito tempo era o ponto de encontro dos artistas.
E ouvem buzinas, palavras de makas, mas está tudo tranquilo. O trânsito está no seu pára excepto os candonqueiros nos seus azuis e brancos que arranjam sempre espaço para andarem. A calma é tão calma que até os carros não andam.
Passei na Assembleia Nacional, Maria Pia e António Barroso na velocidade estonteante de estar mais tempo parado.
Foi um dia calmo e sem novidades.


Sanzalando

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