Hoje a pontualidade foi marcada para as dez. Mas tá claro que desde as sete que eu já olhava o tecto.
Hoje me ofereci para choferar a minha anfitriã nas compras da semana. Tenho de aprender a fazer compras, né?
Em primeiro lugar vamos ali porque aí a gente vai comprar esta lista.
Qual é mesmo o caminho? O rodinhas lá se pôs na estrada e sem paragens dignas desse nome chegamos ao sítio. Dista só 150 metros da casa. Como bom chofer optei por ficar no carro. A dona fica mais à vontade, acho eu, mas posso estar errado. Logo aí comecei a saber o que é que a massa sente quando entra no forno antes de ser pão. Vamos no destino dois para a segunda lista. Sem interrupções chegamos lá. Tínhamos andado uns 500 metros mais, mas a subir. Aí eu optei mesmo estacionar bem estacionado o rodinhas e ir dar uma ajuda. A loja tem ar refrescado. Sim, senhor, vi todas as prateleiras, todos os cantos e recantos, desta ver guiando um carro de supermercado. O sítio três é que é bué longe. Vira aqui à direita e ali à esquerda e depois, volta para trás porque não era nesta mas naquela. Ok. Fui conhecendo novos caminhos, outras vertentes, outras paisagens. Aqui fico novamente no rodinhas já que lhe estacionei debaixo e uma castanheira das castanhas da minha juventude que não são as castanhas de S. Martinho. Assobiei, cantarolei as músicas da rádio, mesmo não sabendo as letras. Agora vamos no sítio quatro que fica lá em baixo quem vai no Cacuaco. Ok Esse caminho eu lhe sei. Sabia até me ter enganado e ter dado uma volta a mais no largo do Kinaxixe. Pormenores. Lá fomos direitinhos. Hoje é dia de compras, pelo que eu vejo no número de carro de donas que circulam pelos mesmos caminhos. Fiquei o carro, o tempo de dois cigarros. Depois resolvi mesmo ir ver a loja no seu ar condicionado. Agora é o sítio número qualquer coisa que eu já esqueci por onde é que andei. Agora vamos perto do Atlântico. Sabes onde é? Sei, é mesmo na Baía. Não, esse é o Oceano, vamos ao pé do Cinema. Ah! Esse não sei. Por aqui e por ali, outra vez passei no Kinaxixe mas não foi preciso dar uma volta a mais, uma só vez chega. Mais curva, menos curva lá lhe cheguei. Se nos outros dias fosse assim.
Optei ficar no carro. Foi mesmo má opção. Cigarros acabaram, o tempo decorria na sua velocidade de tic-tac, e o sol aquecia. Como estava parado longe, decidi sair do carro e ficar mesmo pastando de baixo de uma árvore.
Tocou o telefone a me lembrarem que tinha um almoço combinado para as 13. Epá, não sei vai dar.
Ás 14.10 estava a descarregar o carro na casa e telefonei a saber se ainda havia chouriço, pão e uma cerveja super de estupidamente gelada. Que tem sim. Rodinhas me levou que até parecia foguete em câmara lenta.
Às 18.00 o almoço estava virado, tinha ajudado na arrumação da sala que por ter o gerador avariado não tinha ar condicionado e a sauna estava a funcionar. Consequência foram vertidas mais que a tal birra estupidamente gelada. Mas sabe tão bem.
Agora tenho que ir no Hotel Presidente que tem lá família que tá em trabalho e de super rápida passagem e há que ir dar um abraço. Se ouvem por todo o lado os geradores a funcionar. Quer dizer que não há luz nesta parte que passo da cidade.
Epá, há Carnaval. A baixa está entupida. Vou desviar por aqui. Erro. Por ali. Erro. Mesmo melhor voltar para trás e descansar deste árduo dia na cidade de Luanda.
Hoje me ofereci para choferar a minha anfitriã nas compras da semana. Tenho de aprender a fazer compras, né?
Em primeiro lugar vamos ali porque aí a gente vai comprar esta lista.
Qual é mesmo o caminho? O rodinhas lá se pôs na estrada e sem paragens dignas desse nome chegamos ao sítio. Dista só 150 metros da casa. Como bom chofer optei por ficar no carro. A dona fica mais à vontade, acho eu, mas posso estar errado. Logo aí comecei a saber o que é que a massa sente quando entra no forno antes de ser pão. Vamos no destino dois para a segunda lista. Sem interrupções chegamos lá. Tínhamos andado uns 500 metros mais, mas a subir. Aí eu optei mesmo estacionar bem estacionado o rodinhas e ir dar uma ajuda. A loja tem ar refrescado. Sim, senhor, vi todas as prateleiras, todos os cantos e recantos, desta ver guiando um carro de supermercado. O sítio três é que é bué longe. Vira aqui à direita e ali à esquerda e depois, volta para trás porque não era nesta mas naquela. Ok. Fui conhecendo novos caminhos, outras vertentes, outras paisagens. Aqui fico novamente no rodinhas já que lhe estacionei debaixo e uma castanheira das castanhas da minha juventude que não são as castanhas de S. Martinho. Assobiei, cantarolei as músicas da rádio, mesmo não sabendo as letras. Agora vamos no sítio quatro que fica lá em baixo quem vai no Cacuaco. Ok Esse caminho eu lhe sei. Sabia até me ter enganado e ter dado uma volta a mais no largo do Kinaxixe. Pormenores. Lá fomos direitinhos. Hoje é dia de compras, pelo que eu vejo no número de carro de donas que circulam pelos mesmos caminhos. Fiquei o carro, o tempo de dois cigarros. Depois resolvi mesmo ir ver a loja no seu ar condicionado. Agora é o sítio número qualquer coisa que eu já esqueci por onde é que andei. Agora vamos perto do Atlântico. Sabes onde é? Sei, é mesmo na Baía. Não, esse é o Oceano, vamos ao pé do Cinema. Ah! Esse não sei. Por aqui e por ali, outra vez passei no Kinaxixe mas não foi preciso dar uma volta a mais, uma só vez chega. Mais curva, menos curva lá lhe cheguei. Se nos outros dias fosse assim.
Optei ficar no carro. Foi mesmo má opção. Cigarros acabaram, o tempo decorria na sua velocidade de tic-tac, e o sol aquecia. Como estava parado longe, decidi sair do carro e ficar mesmo pastando de baixo de uma árvore.
Tocou o telefone a me lembrarem que tinha um almoço combinado para as 13. Epá, não sei vai dar.
Ás 14.10 estava a descarregar o carro na casa e telefonei a saber se ainda havia chouriço, pão e uma cerveja super de estupidamente gelada. Que tem sim. Rodinhas me levou que até parecia foguete em câmara lenta.
Às 18.00 o almoço estava virado, tinha ajudado na arrumação da sala que por ter o gerador avariado não tinha ar condicionado e a sauna estava a funcionar. Consequência foram vertidas mais que a tal birra estupidamente gelada. Mas sabe tão bem.
Agora tenho que ir no Hotel Presidente que tem lá família que tá em trabalho e de super rápida passagem e há que ir dar um abraço. Se ouvem por todo o lado os geradores a funcionar. Quer dizer que não há luz nesta parte que passo da cidade.
Epá, há Carnaval. A baixa está entupida. Vou desviar por aqui. Erro. Por ali. Erro. Mesmo melhor voltar para trás e descansar deste árduo dia na cidade de Luanda.
Mermão, vê se arranjas um GPS e deixas de dizer que estás no forno. Vem para a Sibéria e vais ver como é bom o Carnaval! Recebi mukandas tuas e só te deixo a solidariedade. As birras geladérrimas tens tu. Não fica triste minino que as suadelas tudo apagam. Dá mais força ao que fazes e vais ver como transpiras menos. Repensar faz bem à mona. Intá logo com o Carnaval na Marginal, que é o Carnaval mais bonito do mundo. Qual Rio, qual Veneza!
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