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3 de dezembro de 2010

cinzentei de luto

Faz assim é madrugada baixa ou noite alta, que eu ainda não sei quando é que uma termina e outra começa, foi talvez porque nunca vi um fio a lhes separar. Mas era assim a horas mais impróprias para mim, que vagabundeava por aí e fui ver o mar. Não lhe vi o azul, azul de marinho, e nem lhe vi calmo como eu precisava. Me sentei a lhe apreciar sem a luz das estrelas que estavam tapadas por uma cortina de escuridão. Procurei apenas lhe adivinhar a alma, se é que mar tem alma, e consegui apenas ouvir o lamento forte das ondas a se rebentarem na areia.
Madrugada baixa ou noite alta não é hora de eu andar por aí a vagabundear memórias, recordações ou saudades. Me arrepiei no frio, me enervei nas cores fortes de cinzento medo e me calei no barulho assustador desse mar que não está azul marinho.
Afinal de contas foi uma noite em que eu perdi um sonho e me acinzentei de luto e raiva.

Sanzalando

3 comentários:

  1. Me perdoe por voltar aqui mas ...
    :-)))não é entresteci, mas sim entristeci. Juro que não foi de propósito. Até senti uma vergonha azul que pode dar lugar a raiva de ser tão asneirenta.
    kandandu

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  2. se eu contasse os meus erros, andaria sempre parece couve roxa...
    taks e faz bem andar por aqui, mesmo nos dias de chuva triste.

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