Me passeio nesse mar fora, assim num paralelo em que nem me molho e nem me entro nele porque não me apetece hoje atravessar fronteiras para encontrar uma vida nova, uma vida em que me reinventava em cada segundo, esquecendo o passado insignificante duma existência quase anestesiada. Queria mesmo era andar de mão dada com a serenidade e que os meus olhos deixassem de chorar esse choro silenciado num sorriso triste. Queria mesmo era poder dizer que caminho, em direcção ao futuro, com passos seguros e sem estar estéril de sentimentos.
Mas a minha calma e a minha esperança não me acompanham e, despido de força, caminho paralelo na praia lacrimejando silêncios abafados em sorrisos tristes.
Mas pelo menos aqui eu sinto o teu olhar, gravado na memória eu sei.
Mas aqui também sinto o teu perfume, recordações dum passado.
Mas aqui sei que estou aí, desejos de futuro incerto.
Na verdade daqui pergunto se tu te recordas de mim, te lembras do meu perfume e consegues ver o meu olhar profundo de passado?
Aqui, paralelo a esse mar, minha ponte, gasto as palavras no tempo e imagino a minha nudez transformada em força baseado num querer mais forte, embriagado de esperança, desejo de ver sonhos tornados realidades.
Sanzalando
Vim aqui não só mas também porque queria mesmo ler um texto singular.
ResponderEliminarMe deparei com mais um belo momento de poesia feita prosa que a gente gosta de ouvir, lendo.
Beijos