Me sento debaixo de chuva e desapego-me de dores e lágrimas, tentando-me reinventar num sorriso um novo eu, alegre, feliz e desapegado de consciências virais, males de amor e outras coisas que tais. Procuro dentro de mim, como quem cata piolhos numa cabeleira farta e sem medidas de tempo, o lugar onde eu me possa encontrar.
Me sento por aqui e escancaro um grito que se me estampa no rosto revelando as minhas perfeições, feições e confusões num exorcizar de fantasmas que inventei.
Debaixo de chuva me purifico procurando palavras inéditas que revelem o meu novo eu.
Aqui sentado, sob uma chuva de inverno pensando no verão do inferno mental, me afogo em olhares, me perco em novidades e me desprendo do que aprendo.
Criei-me à imagem e semelhança dum sonho e hoje me apago e digo que foi um filme que vi num cinema no momento em que aparecem as palavras the end.
Sanzalando
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