
Hoje, apenas hoje e nuns tantos hojes que tenho tido, acho merecia um sol só para mim. Um sol onde eu pudesse reflectir todas as memórias que te tenho como se fosse numa tela dum cinema maior.
Mas hoje chove e as imagens estão a ficar tremidas, assim como minúsculas lentes que passam à frente da máquina que as projecta. Ou será que a memória se está a cansar e já não tem a força de outrora?
Eu hoje devia ter um sol só para mim e assim como num caminho de volta eu poder sonhar sonhos novos e deixar-me embalar.
Hoje eu devia ter um sol que me deixasse ver para além dos meus telhados, para além do limite deste meu mar, para além da minha imaginação.
Hoje eu queria ter o brilho de verão no olhar.
Sanzalando
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