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8 de dezembro de 2010

eu queria ter um sol

Já não sei onde chove, se na rua ou apenas na minha alma. Sinto o sabor salgado, não sei se foi uma lágrima que escorreu ou se foi uma gota desse mar revoltado que me molhou. Eu estou molhado porque não me abriguei da chuva e porque me atiro nos sonhos estejam eles onde estiverem.
Hoje, apenas hoje e nuns tantos hojes que tenho tido, acho merecia um sol só para mim. Um sol onde eu pudesse reflectir todas as memórias que te tenho como se fosse numa tela dum cinema maior.
Mas hoje chove e as imagens estão a ficar tremidas, assim como minúsculas lentes que passam à frente da máquina que as projecta. Ou será que a memória se está a cansar e já não tem a força de outrora?
Eu hoje devia ter um sol só para mim e assim como num caminho de volta eu poder sonhar sonhos novos e deixar-me embalar.
Hoje eu devia ter um sol que me deixasse ver para além dos meus telhados, para além do limite deste meu mar, para além da minha imaginação.
Hoje eu queria ter o brilho de verão no olhar.

Sanzalando

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