Se eu estivesse no inverno eu diria que este frio me comia até as veias, porem na realidade estou no verão e vivo a vida na clara realidade de sentir todo um corpo a se desgastar. Será que a realidade é outra e não aquela que sinto? Será que eu sou uma invenção do meu passado? Será que o vento frio doutrora me devorou num interior oco e vazio?
Não. Este calor que sinto, esta realidade que vejo, é perfeita demais para ser fruto da minha imaginação. Deve ser um sentimento de solidão, um arrepio de nostalgia, uma aragem de saudade, um tudo nada de indiferença à espera daquele abraço.
Eu, presente de futuro, indicativo de bem estar, me declaro inocente dos pessimismos existentes nas horas vagas.
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