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21 de junho de 2021

eu e a velhice

E se sem querer eu estiver a congelar os meus pensamentos? E se eu não dou conta que estou a regredir na minha forma de estar? E se eu já não me lembrar de evoluir no saber? Acho que seria próprio da involução do ser humano depois de certa altura da vida. Mas eu gostava de ter em conta, de saber e parar. Eu gostava que a minha estória não terminasse na minha involução. Eu queria ficar na memória como imagem real, como me sinto, como fui, sou e penso seria se não houvesse a involução natural. Mas é natural que eu não saiba porque a gradualidade dela é tão lenta que até parece não se passa nada e quando eu der conta já nem sei quem sou de facto.
Não são os cabelos brancos nem a dor aqui e ali. É mesmo a conversa mole e repetitiva. Assuntos banais que parecem são tão sérios e trágicos. A falta de esperança no amanhã.
Vai voltar a haver sol e eu vou descongelar qualquer pensamento que lhe tenha acontecido.


Sanzalando

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