Hoje caminho suave e lentamente pelas ruas da minha memória. Há tanta coisa no meu passado que eu não queria esquecer, porém o destino foi mais forte e não me lembro de quase nada. Um nome e lá vem uma ou outra memória. Uma foto ainda no preto e branco das cores fotográficas e lá me vem uma estória qualquer que já nem sei se é real ou apenas fruto de minha imaginação. Um amor, dois ou três, de tantas vezes que morri de amores. Nomes para catalogar a memória começam a falhar. Os rostos que me lembram são os rostos do antigamente. A memória não se deu ao trabalho de os maquilhar conforme o tempo.
Eu sei que não sou má pessoa. Mas também não tenho a certeza que sou boa. A memória já não me deixa ter um juízo de valor isento e bem pensado. Todas as acções passadas foram-nas bem? Acho que sim. Não me rói a consciência por isso não deve haver pesadelos.
Eu e a memória vamo-nos vendo por aí.
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