Acordou manhã de chuva num quase verão que tarda em chegar. Com um tempo destes caiu na saudade de memórias que já nem sei se são realidade ou fruto duma imaginar delirante. Memória ou delírio pouco me importa desde que eu as sinta real e vivamente.
Quando eu caminhava na areia escaldante da minha praia em busca dum amor perdido ou simplesmente de amigos; quando eu percorria de bicicleta o quadriculado da minha cidade em busca de gastar o tempo que tinha, quando divertidamente riamos na esquina das parvoíces que dizíamos num humor que não tenho memória; quando corria a brincar aos cowboys num tau-tau que morreste e nem soubeste; quando me cruzava com alguém, mesmo desconhecido, e recebia em troca um sorriso de bom-dia; quando acordava e via o sol sorrir-me - eu era feliz e não fazia a mínima ideia.
Hoje acordou faz chuva e as pessoas estão iguais a ontem e nada parecidas às pessoas da minha memória que já não seri eram realidade ou delírios dum adolescente perdido.
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