Sigo os passos que desenhei numa carta imaginária. Este é o meu percurso, a minha linha mestra de viagem. Pelo que me conheço já sei que haverá muito tracejado pelo caminho a dizer que fui por ali indevidamente ou descuidadamente. Haverá logo alguém a dizer-me que me tinha já avisado e coisas e tal. Mas as minhas rotas e os meus caminhos, apesar de pensados têm muito de improvisação, apetência momentânea, gosto e desejo de paixão.
Os corações ardem e o amor é impalpável. A nossa figurinha é que nos faz demonstrá-lo. Às vezes o amor é carregado de dor e só uma lágrima descuidado o denuncia. Ele pode romper a alma mas ninguém ouve o rasgar dela a não ser o destroços que esvoaçam na indignação, nas pregas da cara, no recovar dos ombros.
Às vezes o amor parte-nos em dois e ninguém nos vê em duplicado.
Assim sigo os passos que desenhei e mais aqueles que inventei pelo caminho.
Sem comentários:
Enviar um comentário