Pelas bandas daqui chove que parece é só para irritar. Molha mas não se vê as micro gotas que caiem vindas lá do céu. Minha avó ia dizer era molha tolos, mas como eu não sou tolo não lhe repito a frase. Molho-me apenas.
Com este tempo é mais difícil fazer caminhadas, amadurecer ideias, meditar ou simplesmente soliloquiar-me.
Olhar o zulmarinho torna-se difícil pois parece caiu um cacimbo nos meus olhos, os óculos tornam a imagens irregular porque as gotas parecem são lentes, e a mente só imagina as memórias do outro zulmarinho que é este mas mais lá longe. Ele é misterioso, formoso, às vezes calmo outras tempestuoso que até nem cabo das tormentas. Mas o que é verdade é que eu gosto de ver este ondular, regularmente irregular, balanceando o meu barco imaginário e escondendo-me a sua profundeza.
Eu, mesmo com essa chuva lhe gosto de admirar e deixar os meus pensamentos serem lavados pela lindeza desta vista.
Com o olhar eu consigo chegar ao outro zulmarinho porque afinal de contas ele é eu.
Sanzalando
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