Vejo lá longe, onde parece que acaba o zulmarinho, o que resta da minha infância.
Desculpa só ó infância eu ser agora o que sou, cansado, tímido porém seguro, idoso porem não velho, ágil porem não elástico, maduro porém não apodrecido, assertivo porem com dúvidas do que fiz de errado nas certezas efémeras.
Ó infância que sobra de memórias, sandálias de pneu feitas em casa, calções rasgados e joelhos esfolados, olhos chorosos de amores desrespondidos, alma destroçada porque me esqueci de me amar ao amar-te. É, infância, foste o primeiro amor da minha vida.
Saudade não tem que ser tristeza porque são recordações agradáveis de algo passado. Também tenho saudades de ter mais futuro.
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