Vou deixando os meus passos à beira do zulmarinho. Um pensamento, uma ideia, uma memória, uma notícia, um lugar comum, uma tristeza, uma gargalhada, são resultado de cada meu movimento, cada deslocamento da massa de ar que eu movimento em cada passada.
É loucura, é irracional, faz de conta é sair dum carro em movimento eu deixar de pensar. Depois de morto terei muto tempo para isso. A minha dependência de mim acaba por criar um vazio de memória, uma falta de sensação de futuro que imagino me torno chato. M
Mas se gosto de ver o zulmarinho vou fazer mais o quê? Se crio as minhas ilusões também alimento os meus medos e afasto os meus fantasmas. Caminho pelos caminhos da minha mente e agarro-me às lembranças com a saudade de ser feliz, com a certeza de ser seguro, com a vontade de partir ficando.
Tudo o que me resta é ser eu, embora isso dê trabalho!
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