Olha-se a tranquilidade do Zulamrinho. Até me apetece dar um mergulho, mas eu sei ia sair um chapão daqueles de respingar água até quase nas nuvens e ficar com a barriga assim que nem tomate vermelho bem maduro. Vou ficar só aqui a lhe admirar e sonhar que ele é um retrato da minha juventude, um pedaço de mim feito relíquia para mais tarde adorar.
Aqui te olhando nem tenho vontade de abraçar tristezas, recordar melancolias ou suspirar saudades.
Aqui te olhando vejo-me rebelde saltando muros, atirando pedras nos pássaros, sem lhes acertar que a mira não nasceu comigo, aqui sou eu, eternamente jovem atirando o pião, jogando à macaca ou ao garrafão.
Aqui sou eu e tu nas nossas alegres memórias de felicidade imperdível.
Sem comentários:
Enviar um comentário