Me sento à beira mar. Num lado tenho a birra estupidamente gelada, no outro estás tu com a tua sede de me ouvir. Te falo, numa surdina para que os outros muitos que nos atropelam, nos borrifam com areia e nem nos olham com um olhar de pedir desculpa, não possam nem ouvir nem suspeitar do que estamos a dialogar numa voz só.
Tu sabes que tem muitas vezes que dou de mim, a falar em ti que é ela, aquela coisa enorme que me enche o coração, que preenche todos os meus momentos, os meus risos, as minhas lágrimas, as minhas saudades.Tu sabes que eu lhe sinto por vezes, o seu olhar no meu ombro, sem pressa, na noite adormecida, nos silêncios afogantes da solidão. Tantas vezes percorro os caminhos ao longo deste zulmarinho que aqui termina com os olhos lá no início dele, fazendo as minhas madrugadas passadas em claro. Eu lhe afago os cabelos, lhe vejo, lhe sinto, lhe cheiro e me reconforto em todas as suas recordações.
E tu? Será que te dou a calma que precisas na calma que te dou nestas caminhadas falantes?
Sanzalando
Tu sabes que tem muitas vezes que dou de mim, a falar em ti que é ela, aquela coisa enorme que me enche o coração, que preenche todos os meus momentos, os meus risos, as minhas lágrimas, as minhas saudades.Tu sabes que eu lhe sinto por vezes, o seu olhar no meu ombro, sem pressa, na noite adormecida, nos silêncios afogantes da solidão. Tantas vezes percorro os caminhos ao longo deste zulmarinho que aqui termina com os olhos lá no início dele, fazendo as minhas madrugadas passadas em claro. Eu lhe afago os cabelos, lhe vejo, lhe sinto, lhe cheiro e me reconforto em todas as suas recordações.
E tu? Será que te dou a calma que precisas na calma que te dou nestas caminhadas falantes?