Caminho debaixo do sol, perseguido pela minha sombra. Sussurro palavras que só tu consegues ouvir porque são os sons do meu silêncio, a introspecção da minha alma, os segredos que me chegam nas ondas e correntes do zulmarinho. Tu segues-me, tal qual a minha sombra, porem não me rodeias como ela, ao sabor do sol. Te ouço que respiras e soluças lágrimas conforme os dias das estórias que te falo, ela, a minha sombra, segue-me como ruína imóvel da minha alma num silêncio de molduras e desformações do terreno que piso, sei que está ali porque tenho corpo. Se fosse fantasma teria a sorte de ser assombrado. Tu, minha musa de ouvidos atentos, choras as minhas lágrimas de saudade, de angústia e melancolia. Conto-te as estórias de kiandas, kibandas e outras andas de um andar anárquico por vezes utópico. Absorve-las como um papel mata-borrão absorvia a tinta de uma caneta impertinente.
Adoro-te porque me segues ou segues-me porque te adoro? Ou outra coisa que não vem para aqui, porque está do outro lado da linha recta que é curva?
Adoro-te porque me segues ou segues-me porque te adoro? Ou outra coisa que não vem para aqui, porque está do outro lado da linha recta que é curva?
Estou-me a imaginar em novos e imprevistos horizontes. Estou quase ansioso novamente por tocar as linhas desses horizontes que eu te encanto nos meus diálogos solitários.
Sanzalando
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