Navego sentado na poltrona de rocha esculpida pelos tempos no tempo do vai e vem deste final de zulmarinho que me trás as boas e más notícias, sem olhar para o meu estado de espírito, sem saber se canto ou choro as lágrimas secas marcadas pelo sal. Tu mantenste a meu lado, serena e audívelmente atenta.
Neste meu navegar desarrumado invento uma balada para ela e tu ouves ritmando com movimentos de cabeça. Não sei se gostas ou se te arrepias com a minha voz desafinada. Me ouves sem um gesto de reprovação. Pouco ou nada sei de ti. Não me dizes e eu não te pergunto. Juntos mas desconhecidos. E eu canto navegando nos sonhos despertos de saudade e melancolia. Tu marcas o ritmo com acenos de cabeça. Se calhar canto também a tua canção
Lembras-te do dia,
que pela primeira vez me viste?
Do que sentiste?
Da forma que me olhaste,
do que pensaste?
Lembras-me do meu perfume?
Do meu jeito de perguntar,
de te chamar?
Lembras-te, de como em outras vidas nos cruzamos?
Do nome que me deste?
Nome esse, que só tu me chamas?
Do beijo sentido?
Do abraço demorado, do calor emanado?
Isso perdura, cresce, renasce...
Enquanto me amares,
Mesmo sem saberes o quanto me amas...
Sanzalando
Rádio Portimão
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Viva Carlos:
ResponderEliminarEssa veia poética está ao rubro... :-)
Com essa inspiração vai ser difícil a donzela resistir.
Um abraço,
Nova postagem no EG a merecer o teu comentário.