Olá, sombra! Como tas tu, coração externo do meu corpo?
Vamos no nosso passo de passeio calcorrear esta areia de mil cores que aprisona o zulmarinho duma maneira que ele quase nem mexe aqui no final dele?
No caminho eu te falo que faz dias, assim uns quantos que nem sei se tenho dedos para te dizer quantos, que tenho caminhado assim quase sem ti, debaixo da luz da lua, em que lha vejo assim espelhada no chão de mar que ele se torna enquanto dorme, e os meus olhos se escapam, faz conta têm vontade própria, à procura, nesse milhar de estrelas que fica, assim num pisca pisca lhe adornando como missanga brilhante, duma luz assim especial que eu não sei se se foi embora, se teve algum acidente ou se simplesmente se esqueceu de mim. À noite, no silêncio da profundidade dos meus sonhos eu lhe via a me observar e lhe ouvia murmurar palavras de calor e de ânimo, lhe sentia fazer-me carícias no corpo e na alma.
Lhe venho procurar aqui na noite de lua cheia e afinal eu não lhe encontro. Será mesmo, sombra, que lhe perdi?
Eu sei, e se te compreendo bem tu também sabes, que ela vai voltar e ser igual a que nem antes, a minha luz da noite.
Sanzalando
Vamos no nosso passo de passeio calcorrear esta areia de mil cores que aprisona o zulmarinho duma maneira que ele quase nem mexe aqui no final dele?
No caminho eu te falo que faz dias, assim uns quantos que nem sei se tenho dedos para te dizer quantos, que tenho caminhado assim quase sem ti, debaixo da luz da lua, em que lha vejo assim espelhada no chão de mar que ele se torna enquanto dorme, e os meus olhos se escapam, faz conta têm vontade própria, à procura, nesse milhar de estrelas que fica, assim num pisca pisca lhe adornando como missanga brilhante, duma luz assim especial que eu não sei se se foi embora, se teve algum acidente ou se simplesmente se esqueceu de mim. À noite, no silêncio da profundidade dos meus sonhos eu lhe via a me observar e lhe ouvia murmurar palavras de calor e de ânimo, lhe sentia fazer-me carícias no corpo e na alma.
Lhe venho procurar aqui na noite de lua cheia e afinal eu não lhe encontro. Será mesmo, sombra, que lhe perdi?
Eu sei, e se te compreendo bem tu também sabes, que ela vai voltar e ser igual a que nem antes, a minha luz da noite.
Sanzalando
Esta "Minha Luz da Noite" expande-se através de uma diálogo aberto, sincero, como numa poesia bela que lhe vai através da sua sombra imprescindível e necessária que o faz Ser, Sentir.
ResponderEliminarCreio que revela toda a pureza e encanto numa expressão criativa, com que deposita uma vontade na Lua universal. A Lua e, o seu brilho, emanam um sentido, uma significação, muito especiais por existirem em si.
Esse cintilar, esse brilho, são de uma autenticidade feita de deslumbramento. Penso que a magia da Lua, lado a lado, com a sua sombra, serão eternizados como numa maravilha cintilante por Ser, indispensável ao Estar. De uma harmonia introspectiva e pensadora: Plenas! Cheias!
Brilham!Como brilhante é o texto.
Preserve a sua deliciosa escrita com a garra do querer, porque a sensibilidade e a comoção das palavras estão alinhadinhas e compostas, saltitando na sua alegria de viver.
Com estima.
Abraço.
pena
...esse pisca pisca de missanga, no meio da luz da noite, já pra muito mais de uma, e duas ainda, talvez seja furtacores.
ResponderEliminarSjb