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15 de junho de 2007

por montes e vales

Vamos caminhar no passo lento das palavras e ver se te consigo dizer uma de tantas coisas que eu acho ainda tenho para te dizer. O zulmarinho na sua serenidade me inspira, a maresia me ilumina e a brisa fresca me aquece os sentimentos.
Te posso contar agora, porque só agora me lembrei, que tentei subir montanhas e quando estava bem lá no alto me coloquei a questão da utilidade de ter feito tamanha subida. Estava lá em cima sozinho, nem me lembrei de ver se estavas silenciosamente a meu lado ou não. Me sentia solitariamente sozinho e concluído que continuava sem atingir o inalcançável. Olhei para baixo e vi que tinha um grande caminho a percorrer, outra vez. Quantas vezes fossem as precisas… para a chegar ao principio do final que eu tinha atingido, numa cegueira de correr mais rápido que o tempo certo que as coisas devem de ter. Afinal das contas a vida é um movimento, um sobe e desce, um calcorrear de calçadas, de estradas desertas, de gritos manifestantes.
Uma coisa eu ganhei para além do jogo da sedução muscular, que foi eu ter descoberto que tu, sombra, não me desamparas nem nas horas que esse zulmarinho que salpica de gotas que parecem são lágrimas.



Sanzalando

4 comentários:

  1. Depois de um periodo sem te ler, voltei outra vez. Em Inglês "come back again..."
    Abrs
    WF

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  2. ...jogo da sedução muscular...
    kiákiákiákiá.
    És o máximo!
    SJB

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  3. Viva Carlos:

    Quero lêr mais optimismo aí desse lado.
    "Tristezas não pagam dívidas" :-)

    Bom fim de semnana.
    Um abraço,

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  4. Olhe, realmente o que diz é pura verdade. Custa subir, com esforço, com empenho, com dedicação e amor.
    Sabe-se, que à partida a "empreitada" custa suor e lágrimas. Custa ao transpirar, feito de sentimentos, emoções, dum choro que faz ranger a Alma. Sabe-se também, que a descida acontece num desabar de água que os olhos não conseguem reter.
    Concluo que a subida cria em si, uma descida a pique, na profundidade tornada dor, de ferida na escalada que tanto custou. Mas, acredito no Mundo. Acredito na pureza. Na fidelidade. Acredito que há alguém mais forte que nos ampara na queda, nos vem socorrer para nos compreender, para nos dar algum valor e elevar a auto-estima de que tanto necessitamos. Tudo tem um princípio e um fim.
    A subida é árdua, mas a queda é ainda maior.
    Belo texto!
    Abraço
    pena

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