Vamos aproveitar o tempo e desenferrujar as gambias neste areal de mil cores. Ouvir o marulhar como se fosse música, sentir a maresia como se fosse perfume. Se te falar é porque te falo, se te fizer silêncio é porque estou a escutar as mukandas que me chegam desde lá do início deste zulmarinho que os serve de pano de fundo nesta fotografia do realmente.
Pois é, de tanto ela me negar eu confundo o nome dela com silêncio e a minha voz soa assim que nem eco quando lhe pronuncio o nome. De tanto ela me negar me parece um reflexo sem contornos, uma inconstante sombra mais ténue do que tu. De tanto ela me negar, as suas formas estão repletas de neblina e se me confunde com o cacimbo. De tanto ela me negar parece ela só habita nos meus sonhos e delírios.
Me parece sempre noite mesmo que eu esteja de dia, me pareço um nada feito coincidência de um sítio que se transforma apenas num ponto.
De tanto ela me negar deixei de existir e passei a ser apenas uma ideia, um novelo de pontos de encontro, um erro de paralaxe.
De tanto ela me negar eu virei chuva, vento e neblina.
De tanto ela me negar eu até me esqueço de mim.
Parece mesmo eu estou a dizer-te um poema que mais não é que uma prosa que sai de dentro sem filtros nem barreiras.
E tu pacientemente me acompanhas nestes delírios.
Pois é, de tanto ela me negar eu confundo o nome dela com silêncio e a minha voz soa assim que nem eco quando lhe pronuncio o nome. De tanto ela me negar me parece um reflexo sem contornos, uma inconstante sombra mais ténue do que tu. De tanto ela me negar, as suas formas estão repletas de neblina e se me confunde com o cacimbo. De tanto ela me negar parece ela só habita nos meus sonhos e delírios.
Me parece sempre noite mesmo que eu esteja de dia, me pareço um nada feito coincidência de um sítio que se transforma apenas num ponto.
De tanto ela me negar deixei de existir e passei a ser apenas uma ideia, um novelo de pontos de encontro, um erro de paralaxe.
De tanto ela me negar eu virei chuva, vento e neblina.
De tanto ela me negar eu até me esqueço de mim.
Parece mesmo eu estou a dizer-te um poema que mais não é que uma prosa que sai de dentro sem filtros nem barreiras.
E tu pacientemente me acompanhas nestes delírios.
Sanzalando
Este Delírio sob nuvens é uma aventura fabulosa ao encontro do imaginário. Creio que vagueia entre o sonho, que é só seu e, a realidade, que é de todos.
ResponderEliminarEm tudo há que fazer escolhas, não concorda? Eu opto por delirar sob nuvens, como num sonho irreal que arrebata, meigamente enternece e conquista.
O poderoso sonho! Magnífico!
Escreve com o coração nas mãos, com um aperto interior que é só seu. Com a magia encantada dos pensadores.
Adoro lê-lo, desculpe.
Penso que vivo intensamente as minhas ideias e, até, por vezes, de forma inconveniente.
Quando olhei para o topo e vi o meu humilde blog como o melhor da semana, tremi. Recuperei e, vi as inúmeras pessoas sensíveis, que tenho na cabeça. Tantas! Que pensarão elas e eu? Só a muito custo vi novamente. Pura bondade de certeza. O que faço é imenso na meiguice que sinto por ser feliz. Por amar uma vida incompleta que é a minha quando transponho a porta de entrada. Entro num sonho. Sinto conforto, amparo e compreensão. Aqui, sinto o mesmo. Numa sensação virtual que me aceita, me liga ao que escreve, que discerne o que digo.
MUITO OBRIGADO POR TUDO!
UM ABRAÇO DE TREMER O MUNDO!
UM BEM-HAJA, pelo que é e, pela sensibilidade que me comoveu.
Abraço.
COM ESTIMA
pena