Sentado no vão da escada, escondido de mim e do mundo, fugindo de prisões, medos e reflexões é-me impossível não contar os segundos, as horas e os dias que não estamos juntos. Não te esqueço. Cada tua curva, cada teu movimento, cada teu olhar mesmo aqueles que eu nunca soube entender. Aquela mania parva que eu tinha de te falar brincando atrapalhou a minha ideia, misturou minhas emoções e os meus amores se confundiram em becos e ruas sem nome.
Passa o tempo e eu concluo que esquecer eu não consigo, habituar é-me impossível e até parece eu me viciei na tua ausência de mim.
Eu sei que te prometi eu logo logo apareço e até hoje foi um adiar, um me enganar e um desejar-me pela metade.
Eu sei que percorri outros mares, procurei outros sabores, olhei outros horizontes, mas tu... és tu e assim sempre o serás para mim.
Sentado no vão da escada sinto-me em vão da vida e aprendi a não te merecer nem me achar o melhor para ti.
Mas fugindo de prisões e medos eu não me esqueço que te amo como daqui até ao fundo da minha rua, seja onde ela for.
Sanzalando
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