Já me perdi de tantas voltas, te tantos retornos e e outros tronos sem dono. As ruas são pequenas, o cacimbo é muito e a vontade é quase nenhuma, por isso me perco nos labirintos do pensamento. Às vezes precisamos de nos perder para aprender. Ora bolas, a dar valor, quanto mais não seja. Não vale a pena chorar, espernear, insultar ou arrancar cabelos e dar voltas ao estômago. Tudo não passa duma aprendizagem.
Vá lá, às vezes sabe bem chorar por um amor de adolescência, por um amor frustrado ou por uma dor qualquer tipo cólica. Não passa, mas alivia. Pelo menos a alma.
Quanto ao resto, passada a fase de aprendizagem, vem a fase da restauração. Janta-se aqui e ali e o tempo vai apagando e se perdeu o tempo da lamentação.
Nada é por acaso. Todos julgam.
Perdido, me encontro num irreal mundo em que me esqueci de viver a minha vida para viver a de outros. Chega. Até as decepções amadurecem. Eu também. Cresço e faço as minhas escolhas. Gente adulta de princípios.
Chorei por me ter perdido. Chorei pelo tempo perdido. Chorei pelos amor esquecido.
Depois sorri e olhei-me e confiei em mim para continuar a percorrer os caminhos das minhas ruas, a subir e descer as minhas avenidas, a aguentar os meus sóis e os meus cacimbos.
Perder-me foi uma aprendizagem.
Digo eu, que já volto não tarda!
Sanzalando
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