No balancé me deixo quase adormecer. Não dou balanço e nem fico parado. Estou ali pendularmente a me perguntar que é que me faz gostar de ti. Não sei responder e arrisco para o ar do meu pensamento, que não sou de falar alto, muitas razões que vão desde o teu sorriso mental, o teu ar implicante, o teu perfume picante ou o teu olhar cerebral. Mas são poucas as hipóteses de eu acertar. Acho mesmo é o teu jeito implicante de acordar todas as madrugadas de céu cinzento cacimbo. Não vou arriscar mais ideias que até me tiram o sono e depois não vai servir de nada me manter aqui no balancé.
Acho foram as noites que vagabundámos juntos, no cinema, nos bailes do casino ou do ferrovia, nas noites de conversa imparável num muro duma qualquer esquina.
Acho foram os calores de mimo em verões inesquecíveis.
Acho que não sei as razões de te gostar como te gosto. Acho que te gosto apenasmente porque sim
Sanzalando
Sem comentários:
Enviar um comentário