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8 de junho de 2020

eu refeito criança

O carocha azul do pai do Juleco está parado ali na esquina. Juleco está na esquina a conversar com o Major. O Sr. Castro veio na janela pedir faxavor pouco barulho. Desligaram. Essas crinaças sáo traquinas e ainda por cima barulhentas. Ah, estão a ouvir e fazem barulho de admiração das estórias de caça do Beto Reis. Eu nunca fui na caça a os animais mais selvagens eram os que o Sr. Sousa tinha lá no parque infantil, apesar do A. Sousa, o sr. Reitor de vez em quando nos dizer que nós éramos uns selvagens. Pica a burra, diria eu se fosse eu o Dr. Coutinho. Mas ali, naquela estrada que tinha árvores no meio até parecia grande avenida mas era mini, só morava e passava gente boa. Incluindo eu que é claro. O Juleco ainda não se tinha mudado para o bairro de gente fina, morava ali, ainda. Um bocado mais abaixo era o Xonera, mas esse só pensava em carros de grande velocidade. Nunca soube bem porquê que todos queriam imitar o Novais. A cidade era pequena e se a gente acelerava estava da Torre do Tombo ao da Facada demorava segundos e era multado no meio. Já sei, era para acelerar na recta curva do aeroporto... Sei lá que já me perdi nesta vagabundagem em que me meto.
Qualquer semelhança com a realidade é só mesmo a minha cabeça.


Sanzalando

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