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20 de junho de 2020

eu e a escrita

Venta-te vento que não me despenteio o pouco cabelo que sobra. Sopra vento que não varres a minha memória nem apagas a minha estória. Sabes que eu sou forte, mas queria ter mais força para arriscar um pouco mais e não sofrer de lonjuras. O meu mal é a distância, o espaço que me separa da felicidade, milimetricamente distante. É, sofro de lonjuras, sofro de saudades mesmo que a minha escrita pareça um farrapo de ignorância. Três pontos parecem-me amores imperfeitos, vírgulas julgo serem dores de causas perdidas e o ponto final um nó na garganta a sufocar as saudades. 
Ai escrita nua e crua carregada de sentimento...


Sanzalando

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